Em comemoração ao Dia do Assistente Social, a Prefeitura de Quissamã, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, promoveu, nesta quinta-feira (15), uma palestra especial no auditório da sede administrativa. O encontro teve como público-alvo os profissionais da área e buscou proporcionar um espaço de reflexão sobre os complexos desafios contemporâneos enfrentados pela categoria.

A assistente social Érica Therezinha de Almeida — professora do Departamento de Serviço Social de Campos e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Ambiente e Políticas Públicas da UFF, além de coordenadora do NETRAD (Núcleo de Pesquisa em Dinâmica Capitalista e Ação Política) — foi a convidada para conduzir a palestra sobre os desafios da profissão.

A secretária municipal de Assistência Social, Valquíria Batista, foi responsável pela abertura do evento.

“Desejo que meu agradecimento e meus parabéns alcancem cada profissional pelo trabalho de excelência que realizam. Reconheço que é uma trajetória marcada por muita luta e dedicação, um constante ‘cuidar’, colocando-se à disposição para ouvir e atender aqueles que mais precisam. É um prazer recebê-los, em especial a professora Érica, a quem agradeço pela presença e pela grande oportunidade de aprendizado”, destacou Valquíria Batista.

Durante sua exposição, Érica Therezinha de Almeida apresentou um panorama da profissão, incluindo dados do IBGE que indicam a existência de 44.212 assistentes sociais no Brasil. Desse total, 41.083 são mulheres, 3.083 homens e 46 se declararam de outros gêneros. Um dado relevante apontado foi que 50,59% dos profissionais se declaram negros. “Isso comprova que a população negra está ascendendo nas universidades”, analisou a professora.

Ao aprofundar-se no tema central, Érica Therezinha de Almeida refletiu sobre o significado de “luta” e “resistência” na profissão. “A palavra ‘luta’ é carregada de sentido para nossa categoria, pois se refere ao engajamento coletivo pelos direitos e por aquilo que é comum à sociedade. Nosso projeto ético-político e nosso código de ética demonstram com clareza nosso lugar e nossa contribuição no processo de democratização da sociedade brasileira, que está intrinsecamente ligado à cidadania”, pontuou.