O auditório e o estacionamento da Prefeitura de Quissamã sediaram, na tarde desta quarta-feira (12), a II Mostra Cultural de Educação Popular em Saúde da Região Norte-RJ, que serviu também como fechamento dos trabalhos do ‘Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde – EdPopSUS’, sede Quissamã. O curso foi promovido pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – APSJV/Fiocruz e direcionado aos profissionais de Atenção Básica em Saúde, especialmente aos Agentes Comunitários e de Controle de Endemias, integrantes dos movimentos sociais e lideranças comunitárias, em parceria com a secretaria municipal de Saúde.
O curso aconteceu em 17 encontros semanais durante o ano, em locais diversos como Instituto Federal Fluminense (IFF), Colégio Cenecista Nossa Senhora do Desterro, Emater, Museu Casa Quissamã e Machadinha e esse último mostrou tudo o que foi desenvolvido pelo grupo, com apresentação de fotos, cartazes e informações o trabalho realizado. As educadoras foram as agentes comunitárias em saúde Andréa Oliveira e Patrícia Leutério.
Com o tema ‘… a tua fala seja a tua prática’, de Paulo Freire, a Mostra Cultural levou os participantes a acompanharem atividades diversas, como ginástica laboral, apresentação do Jongo Mirim de Machadinha, de Hip Hop do Centro Cultural Sobradinho e de Dança Circular. O ponto alto da tarde foi a roda de conversa ‘Reforma Psiquiátrica, Saúde Mental e Inserção’, tendo como mediadora a Dra. Delba Barros. Na sequência, os presentes participaram de um sarau com cultura cigana, poesia e música.
A mesa de abertura foi composta pela secretária de Saúde, Simone Flores; a coordenadora Geral de Planejamento e Gestão em Saúde, Dra. Delba Barros; a enfermeira e coordenadora de Estratégia de Saúde da Família, Milena Viana; e a coordenadora estadual do Curso EdPopSUS, Fabiana Braga Silva.
“É um grande diferencial ter como educadoras deste curso agentes comunitárias. Parabenizo pela indicação, por serem excelentes profissionais, que fizeram a diferença em Quissamã. Elas inspiraram os demais profissionais da área e acredito que as experiências que compartilharam, durante os encontros, provocaram mudanças. Porque é isso que faz a educação popular, faz a gente se revelar. E a partir do contato que se tem com a política de educação popular em saúde, passamos a olhar a nossa prática, enquanto profissional de saúde, de forma diferenciada”, frisou Fabiana.
Para a Dra. Delba Barros, é prazeroso ver o fruto do trabalho desenvolvido durante o curso. “O que a educação popular traz, de mais potente, é esse diálogo que a gente pode ter entre nós e com a comunidade. Porque a gente pode pensar a saúde de uma forma diferente”, acrescentou.
“Mais uma turma se formando e eu encantada, desde que vi a construção da primeira turma. E nesta segunda turma, quando pudemos indicar os mediadores, fiquei muito feliz e acreditei que daria certo. Porque o brilho no olhar tem de ser de quem está na carteira e de quem é mediador e eu vi esse brilho no olhar a cada semana. E a nossa satisfação é que a história do SUS é ligada aos movimentos sociais, à construção do outro e construção de nós mesmos. E ver que sociedade está trabalhando nesses cursos”, completou a secretária Simone Flores.
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