A Secretaria de Assistência Social de Quissamã deu continuidade, na manhã desta terça-feira (22), na Casa Social da Penha, às ações em comemoração ao Mês da Mulher, para a comunidade em geral. Entre as atividades ofertadas, teve alongamento, ginástica, roda de conversa com o tema: “Violência contra a mulher é problema meu, seu e de todos”, orientação jurídica e serviços de saúde.
Equipes de Saúde também estiveram presentes. A coordenadora do Programa Saúde da Mulher, Bruna Souza, explicou sobre a prevenção do câncer no colo do útero, já o Saúde na Escola realizou teste de glicemia. Responsáveis pelo Programa IST/Aids e Hepatites Virais, entregaram folders com orientações sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis e preservativos, além da realização dos testes tanto de sífilis, quanto de hepatite.
A fisioterapeuta do PAI – Programa de Atendimento ao Idoso -, Daniella Freitas, promoveu o alongamento, seguido de ginástica. Já a advogada do CEAM – Centro Especializado de Atendimento à Mulher -, Grimas Mattos, pôde esclarecer as dúvidas jurídicas que surgiram referentes a todo tipo de relacionamento abusivo.
O evento contou com a participação da secretária da pasta, Tânia Regina Magalhães e da subsecretária, Valquíria Batista. Tânia falou sobre a importância de levar as informações para todas as unidades do município e como o retorno acontece após a primeira abordagem.
“Ações como rodas de conversa, é uma forma de levar as informações para as mulheres de todas as comunidades. Neste primeiro momento, elas ficam sabendo que o município possui espaço para que elas sejam atendidas, mas não se aproximam. Parece que precisam digerir as informações e aprender a lidar com elas, mas é fundamental elucidar como funciona o atendimento nesses casos, para que todas saibam que Quissamã tem uma rede de proteção à mulher extremamente consolidada”, declarou Tânia.
Nágila Oliveira dos Santos, coordenadora do CEAM, e Natália Paula de Souza, assistente social, abordaram temas como abuso psicológico, verbal, físico e patrimonial. Nágila explicou que frases controladoras como: “essa saia é curta demais”, “o batom vermelho chama muita atenção”, “você não vai sair com esse vestido”, entre outras, também está enquadrada dentro da Lei Maria da Penha, pois a palavra fere, limita, constrange.
“Não podemos permitir que as pessoas façam isso conosco. No relacionamento abusivo é constante esse tipo de ação e faz com que as mulheres acreditem nisso. Ele, o controlador, faz com que suas companheiras fiquem sozinhas e acreditem que elas só tem ele na vida, mas esquecem que antes dele chegar, ela tinha amigos, familiares, colegas de trabalho, só que o controlador tem o dom de afastá-las de todos e vocês vão perdendo sua rede de apoio”, disse Nágila.
Já Natália abordou o tema violência patrimonial, que está ligado ao que é conquistado no dia a dia. “Os maridos, namorados, companheiros que querem mexer no seu celular, que exigem a senha, que diz quem você pode ou não adicionar no Facebook, que determina o que fazer com o salário do seu trabalho, fica com a sua bicicleta, chave do seu carro, quebra o telefone ou rasga sua roupa, estão cometendo violência patrimonial e precisam ser denunciados”, afirmou Natália.
Caso seja necessário, procure o CEAM, pois ele oferece suporte jurídico, psicológico, com local adequado para ser escutada, acolhimento, apoio no processo de ruptura do ciclo de violência física, verbal, moral, psicológica e patrimonial, proteção, orientação, acompanhamento na delegacia, ministério público e hospital.
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