Nesta sexta-feira, 21 de março, Quissamã promoveu um evento em alusão ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, na Escola Municipal Felizarda Maria Conceição de Azevedo, localizada no Quilombo Machadinha. A programação contou com apresentações culturais, como o grupo de jongo Tambores de Machadinha, o Boi Malhadinho Vladinho e uma oficina de dança afro com os professores Thaisa e Leo.
A iniciativa foi realizada pela Prefeitura de Quissamã, por meio das secretarias de Direitos Humanos e Cidadania; Cultura, Patrimônio Histórico e Lazer; e Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, em parceria com a Arquima (Associação de Remanescentes do Quilombo de Machadinha). O objetivo foi destacar a importância da luta contra o racismo, além de valorizar a cultura e a identidade quilombola do município.
O prefeito Marcelo Batista ressaltou a importância do evento para o fortalecimento das políticas públicas de igualdade racial. “A resistência do povo quilombola de Machadinha e de outras comunidades do município é uma parte fundamental da nossa identidade. Precisamos garantir que essa história seja preservada e que essas comunidades tenham seus direitos assegurados”, afirmou.
A vice-prefeita Sabrine Pereira também destacou o papel da cultura na formação da identidade quilombola. “Hoje é um dia de reflexão e reconhecimento da luta diária contra a discriminação racial. Quissamã segue comprometida com a valorização da cultura afro-brasileira e com o respeito à história de Machadinha”, disse.
O secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Lucas Pacheco, reforçou a importância da cultura na conscientização antirracista.
“Não há ferramenta melhor para combater a discriminação do que a cultura. O jongo, a dança e as manifestações artísticas do quilombo são formas poderosas de resistência. Parabenizo toda a comunidade por manter viva essa tradição”, declarou.
A secretária de Assistência Social, Valquíria Batista, ressaltou a importância do evento para a consciência racial. “Este é um dia de luta e de reafirmação das nossas raízes. Precisamos lembrar da história do povo quilombola e fortalecer a cultura afro-brasileira. Parabenizo a escola, os organizadores e toda a comunidade por esse momento de resistência e celebração”, destacou.
Com 993 quilombolas — representando cerca de 5% da população quissamaense — o Quilombo de Machadinha foi reconhecido oficialmente pela Fundação Cultural Palmares em 2006. A comunidade, símbolo de resistência e da herança africana no Brasil, abrange, além de Machadinha, outras localidades como Mutum, Bacurau, Sítio Santa Luzia e Sítio Boa Vista.
A coordenadora de Políticas para a Igualdade Racial, Janaína Pessanha, enfatizou que o evento é resultado de uma luta histórica.
“Essa parceria com a escola já existe há algum tempo, e hoje celebramos uma luta que nossa comunidade trava há anos. Essa data é fundamental para reafirmarmos nossos direitos e fortalecermos nossa identidade”, afirmou.
Para a secretária de Cultura, Kitiely Freitas, a data reforça o compromisso da gestão municipal com a igualdade racial. “Sabemos que a luta contra a desigualdade racial é diária. Hoje celebramos essa resistência e refletimos sobre as políticas públicas que fortalecem esse enfrentamento. Parabenizo a Secretaria de Direitos Humanos e toda a equipe que organizou esse evento tão significativo”, frisou.
Também estiveram presentes professores, o diretor da escola Felizarda, Alan Alves; o secretário de Desenvolvimento Econômico, Arnaldo Mattoso; a subsecretária de Direitos Humanos e Cidadania, Elizabeth Sanz; a diretora de Políticas para Pessoa com Deficiência, Laís Teodoro; e a coordenadora técnica da Secretaria de Direitos Humanos, Sara Araújo.