Objeto de culto de religiões africanas, a “árvore da palavra e da sabedoria” é nativa da ilha de Madagascar, mas está presente, mesmo que de forma discreta, no estado do Rio de Janeiro. Há apenas três delas em território fluminense: no Jardim Botânico da capital, na Ilha de Paquetá e em Quissamã.
Imponente, a árvore adorna a frente do Museu Casa Quissamã e, apesar de não haver registro da data de seu plantio, estima-se que ela está ali desde 1863. Especula-se que a muda do baobá tenha sido trazida por escravos que aportavam clandestinamente em Barra do Furado. Em seu tronco, há várias marcas da história do lugar.
A mais impressionante (e paradoxal) é uma argola de prender escravos, que transformou a árvore da sabedoria dos africanos em local de suplício e cativeiro.