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Bate-papo com Sônia Rosa e Júlio Emílio Braz mostra a importância da representatividade negra na literatura

A tarde deste sábado (7), terceiro dia da Feira Literária de Quissamã (FLIQ) 2024, foi marcada por um importante bate-papo com os escritores Sônia Rosa e Júlio Emílio Braz, no auditório Helianna Barcellos de Oliveira. A conversa, que abordou temas como representatividade, afetividade e o poder da leitura, encantou os participantes com as trajetórias inspiradoras dos dois autores.
Júlio, mineiro radicado no Rio de Janeiro e vencedor do Prêmio Jabuti na categoria autor revelação, compartilhou sua jornada de superação. “Cresci em Minas até os 5 anos, onde ouvi muitas histórias Quando cheguei ao Rio, ganhei muitos livros para ler. Fiquei desempregado e, para pagar uma conta de luz, escrevi meu primeiro livro. Hoje, mais de 40 anos depois, estou aqui. A coisa mais poderosa e transformadora que o homem inventou foi a palavra. Um único livro pode criar 100 realidades distintas.”
Sônia Rosa, professora, poeta e autora de mais de 70 livros, destacou a importância da representatividade negra em suas obras.
“Venho de uma família muito pobre. Na minha casa não tinha livros, mas havia uma grande riqueza: histórias. Escolhi a representatividade negra positiva como temática para os meus livros. A literatura negro-afetiva é o que denominei minha literatura. Escrevo sobre o que vivo, meus irmãos, minha família. Me fascina a possibilidade do encontro, as palavras do coração, e quando leio uma história que estou escrevendo e eu mesma me emociono.”
Os autores também discutiram o impacto da leitura no Brasil, especialmente em um ano marcado pela redução dos índices de leitura, conforme a Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. Sônia enfatizou: “Os adultos precisam ler para incentivar. Dentro das escolas, há livros muito bons que precisam circular. As bibliotecas devem ser lugares onde as crianças gostem de visitar, e iniciativas como o Dia da Família na Escola são fundamentais.”
Já Júlio pontuou: “Na vida, tudo é movido a crença. Se não acreditarmos na leitura como mola propulsora de progresso, de nada adianta. Minha mãe e minha tia, ambas chamadas Geralda e analfabetas, me incentivaram a ler. Elas me deram livros porque queriam que a minha vida fosse diferente da delas.”

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