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Vivências e desafios marcam a I Conferência Municipal de Apoio ao TEA

Um auditório lotado, com mais de 200 participantes, marcou nesta segunda-feira (28) a I Conferência Municipal de Apoio ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) de Quissamã. O evento reuniu pessoas com TEA, pais atípicos, autoridades e profissionais das áreas de Saúde, Educação e Assistência Social para um dia de debates, palestras e troca de experiências, visando fortalecer as políticas públicas e a inclusão no município. A iniciativa contou com tradução simultânea em Libras e apresentações artísticas dos alunos das oficinas culturais do Sobradinho, com teclado, hip-hop e ballet.

O vereador de Campos dos Goytacazes e pai atípico, Leon Gomes, abriu a programação destacando a importância da participação ativa da comunidade na construção de uma inclusão efetiva. “Nós acreditamos que só faremos a inclusão acontecer de verdade quando eventos como este forem realizados. Não tem como falar sobre nós sem a nossa voz. Precisamos debater, falar e conscientizar. Não existe inclusão sem informação e conscientização”, enfatizou Gomes.

A programação seguiu com uma roda de conversa intitulada “Vivências, Desafios e Conquistas: A Voz das Famílias e Profissionais”, reunindo a psicóloga da rede municipal e avó atípica Elizabeth Cabreira; a assistente social e diretora de Políticas para Pessoas com Deficiência Laís Teodoro; a neuropsicopedagoga e coordenadora pedagógica do CAEEQ, Gisele Fernandes; e as mães atípicas Cristiane Leite e Viviane Paula. Compartilhando suas experiências, destacaram os desafios do diagnóstico e a importância do apoio mútuo entre famílias.

Viviane Paula, mãe de uma menina de 9 anos com nível de suporte 3 e epilepsia, relatou a mudança radical em sua vida após o diagnóstico da filha. “Sou engenheira, mas tive que deixar minha carreira para cuidar dela. Meu diploma deixou de ser importante frente à qualidade de vida que posso proporcionar à minha filha”, disse Viviane. Cristiane Leite, mãe de três filhos, falou sobre a singularidade da maternidade atípica. “A gestação atípica é única, não tem comparação. Encontrei uma rede de apoio fundamental dentro de casa, com meus filhos e meu esposo”, emocionou-se Cristiane.

A neuropsicopedagoga e proprietária do Estímulo Espaço Integrado, Cíntia Arêas, trouxe sua expertise ao abordar causas, comorbidades, tratamentos e a alfabetização das pessoas com TEA, oferecendo um panorama completo sobre o tema.

Na sequência, o mestre em administração pública e superintendente de projetos para Educação Especial da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, Daniel Bove, apresentou dados sobre o aumento no número de diagnósticos de TEA. “Hoje, no mundo, a proporção é de 1 caso de TEA para cada 31 nascidos vivos. Há alguns anos, essa proporção era de 1 para 36”, revelou Bove. Ele destacou o desafio de acompanhar esse aumento com políticas públicas adequadas, mencionando que a rede estadual já atende 6.189 estudantes com TEA.

O encerramento da conferência foi realizado pela enfermeira e mestre em Saúde Pública Luciana Simões, gerente técnica da Casa da Família Nildo Aguiar no Rio de Janeiro, que falou sobre o tema “Crianças de Nildo: relato de experiência do atendimento multidisciplinar a crianças com atraso no desenvolvimento e suas famílias”, ressaltando a importância fundamental da atenção primária à saúde no acompanhamento de pessoas com TEA e suas famílias.

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