“Quando eu te namorava, você não tinha ciúme,

tão depressa se casando, apareceu o mal costume.

Não é assim que se faz!

Tchau, tchau, morena,

vai com Deus e me deixa em paz.”

A mineira cantada e dançada em ritmo cadenciado, acompanhada ora na palma ora no pé, respeitando o pedido da viola e do pandeiro, foi herdada pelo mestre Jorge Luiz Reis de seus avós e pais. Os festejos vinham dos encontros que aconteciam, há mais de 50 anos, na casa da família. Atualmente, a mesma ladainha continua viva no Grupo de Fado Quissamã, formado por 24 cavalheiros e damas, mais os instrumentistas.

“Como a média de idade do grupo passa dos 60 anos, é importante que tenhamos uma oficina de dança para que, desde agora, comecemos a formar jovens fadistas. São eles que, no futuro, irão substituir os mais velhos e preservar esta tradição deixada pelos nossos antepassados”, diz Mestre Jorge. Além das apresentações na Fazenda Machadinha e no Centro Cultural Sobradinho, o Grupo de Fado Quissamã também participa da Festa Agropecuária da cidade, no Parque de Exposições.