Tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 1979 e desapropriada pelo poder público municipal em 2003, a Fazenda Machadinha ganhou vida nova com a instalação do Complexo Histórico Cultural Fazenda Machadinha, em 2009. Localizada na Rodovia Municipal MC-67, a antiga fazenda sobrevive em um sistema de autogestão da comunidade, que conta hoje com 47 famílias e mais de 200 pessoas.
O complexo é formado pelas ruínas da casa grande, o antigo armazém, a capela de Nossa Senhora do Patrocínio e o conjunto de senzalas totalmente restauradas. Um dos destaques do complexo é o Memorial Machadinha. Construído onde antes era o antigo salão comunitário, o Memorial tem como objetivo preservar a história do povo que deixou Kissama, em Angola, para se instalar no Brasil, dando origem ao município de Quissamã.
Para isso, conta com um acervo de imagens e textos sobre os escravos, suas origens e contribuições para a formação cultural do município. São fotografias e peças de arte e artesanato que remontam a trajetória da cultura afro-brasileira, mostrando os costumes, o sincretismo religioso, a gastronomia e a indumentária. No acervo também constam registros sobre o período da escravidão e o cotidiano sofrido dos negros e o trabalho nas fazendas. No Complexo Histórico Cultural funciona também a Casa de Artes Machadinha.