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Conceição Evaristo e Prefeita participam de roda de conversa no último dia da Fliq

O público que passou pela Feira Literária de Quissamã neste domingo (29), teve a oportunidade de acompanhar mais uma importante roda de conversa.

Com participação da Prefeita Fátima Pacheco, a Diretora do Instituto Alziras, Marina Barros, e a autora, ganhadora do Prêmio Jabuti de 2015 e vencedora do Troféu Juca Pato de Intelectual do Ano, Conceição Evaristo, o encontro no Palco Alegria promoveu uma discussão sobre “Políticas públicas de livro e leitura em poderes públicos municipais gerido por mulheres e a importância/desafios de se estruturar uma cidade leitora”.

“São duas referências pra gente. Uma honra gigante poder garantir esse nível de conversação e conteúdo à população de Quissamã dentro da praça pública. O povo gosta daquilo que ele tem acesso. São mais de 200 mil livros, garantimos o Vale Livro. Em pouco tempo, se continuarmos assim, seremos a cidade do Estado que mais estimula a leitura”, ressaltou a Prefeita Fátima Pacheco.

Conceição destacou a promoção da leitura e a realização da feira de livros em um município ligado diretamente a história do Brasil.

“A gente celebra todos nossos antepassados que não tiveram oportunidade de nada. Assumir essa Feira como nossa é um direito. Só agradecer o acolhimento e o convite da cidade. Quissamã tem uma história negra muito importante no Brasil e meus trabalhos são marcados por minha condição de mulher negra na sociedade. Pensar que uma Feira Literária no interior do Estado do Rio agrega e instiga tantas pessoas a ler me chega a conclusão que o povo brasileiro não lê porque não tem acesso. A gente teria uma outra realidade. Feira é local de formação de leitores. Isso é uma das maneiras de democratizar a leitura”, ressaltou.

Já Marina destacou a importância de trazer as pautas com os mais jovens. “Temos que abordar como uma mulher como Fátima inspira outras mulheres a entrar na política e como uma escritora como Conceição inspira outras mulheres a escreverem, aprofundar nesse pertencimento da mulher. A gente precisa de políticas públicas para que tenhamos cada vez mais mulheres nesses ambientes”, Marina.

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