À tarde de sexta-feira (17) foi animado no Centro Cultural Sobradinho, quando os alunos das oficinas de Leitura e Percussão apresentaram números em homenagem a Zumbi dos Palmares, em comemoração antecipada ao Dia da Consciência Negra, que acontece na segunda-feira (20). Para tanto, eles contaram ainda com a participação dos alunos de outras oficinas. O objetivo do evento foi não deixar a data passar sem uma análise de quem foi Zumbi, na história dos negros brasileiros e do Brasil.
A professora da Sala de Leitura e de Teatro, Leize Maciel, já vinha trabalhando o tema há mais de uma semana sob o tema de conscientização sobre a não exclusão, racismo e preconceito através de histórias. “Hoje apresentamos duas historinhas que trabalham esse tema e, com o grupo de Teatro, a performance poética Me Gritaram Nêga”, explicou ela.
Já o grupo do professor de Percussão e Bateria, Júnior Silva, apresentou um número com os tambores e, para ele, esse trabalho de conscientização é muito importante. “Discutir isso é muito importante e enfatizar a questão do racismo e preconceito, também. A questão racial não diz nada. O que importa é a nossa personalidade e caráter. Então, não podemos discriminar ninguém por ter uma cor diferente, seja negro, vermelho ou amarela. São as diferenças que nos fazem iguais. E a nossa proposta, aqui no Sobradinho, culturalmente e socialmente falando, é justamente isso, mostrar que esse preconceito tem de ser jogado fora. Nós aqui somos todos iguais, pois quando nos juntamos para tocar ou fazer um som, não vemos cor, condição financeira ou condição social. O que vale é a cultura, a música e a história”, afirmou.
Segundo a coordenadora do Centro Cultural, Maria do Carmo Barcelos, o evento foi uma ‘aula deferente’, já que a homenagem acontece todos os anos. “Aproveitamos esse momento para homenagear a Zumbi, tendo como público os próprios alunos das oficinas e seus pais e responsáveis, que acompanham nosso trabalho o ano inteiro”.