Cerca de 40 professores das escolas municipais Felizarda Maria da Conceição de Azevedo e a Maria Ilka, além da equipe da Coordenação de Gestão Pedagógica (COGEP) e da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), participaram, nesta quarta-feira (12), da aula inaugural do Curso de Aperfeiçoamento em Educação Escolar Quilombola: Perspectivas Antirracistas e Práticas Emancipatórias.
Ministrada pela professora Débora Lima (CulinAfro/UFRJ), a aula foi realizada no auditório da escola de Machadinha e abordou o tema “Educação Escolar Quilombola”.
O curso segue até julho e é fruto de uma parceria entre a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Ministério da Educação (MEC). Seu objetivo é capacitar educadores e profissionais que atuam em comunidades quilombolas, promovendo a valorização da cultura e história afro-brasileira e o combate ao racismo no ambiente escolar.
A secretária de Educação, Helena Lima, destacou a importância da formação para a qualificação dos docentes:
“A formação continuada dos nossos professores é fundamental para garantir uma educação de qualidade e que respeite a diversidade cultural do nosso município. Estamos muito felizes com a parceria com as universidades e o MEC, que nos permite oferecer essa oportunidade única aos nossos educadores.”
A aula faz parte do Módulo 1: Conhecendo a Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEEQ). O próximo encontro, intitulado “Conhecendo a Escola Felizarda Maria da Conceição de Azevedo”, será realizado na própria instituição.
Para a coordenadora de Políticas para a Igualdade Racial, Janaína Pessanha, a educação quilombola é uma ferramenta essencial para o fortalecimento das comunidades:
“A Educação Escolar Quilombola é um direito e uma ferramenta essencial para o fortalecimento da identidade e da autonomia das comunidades quilombolas. Esse curso é um passo importante para que nossos professores compreendam as especificidades das nossas comunidades e adotem práticas pedagógicas que respeitem e valorizem sua história, cultura e saberes.”
Além de Quissamã, o curso também é oferecido em outras regiões do estado, como o Quilombo da Lagoa Feia, em Campos dos Goytacazes; Marambaia, na Costa Verde; além de Cabo Frio e Búzios, demonstrando o compromisso do estado com a educação quilombola em diferentes localidades.