Nesta terça-feira (7), 80 alunos do 6º ao 9º ano da Escola Municipal Professora Maria Ilka de Queirós e Almeida, localizada no bairro Santa Catarina, embarcaram em uma jornada educativa. Desta vez, o destino foi a E.M. Professora Lydia Sherman, em território quilombola no município de Armação de Búzios, na Região dos Lagos.
A Escola Maria Ilka desempenha um papel fundamental na educação quilombola de Quissamã, recebendo alunos da comunidade Quilombo Machadinha a partir do 5º ano do Ensino Fundamental. Essa visita faz parte do projeto de Conhecimento Extramuro promovido pela Prefeitura de Quissamã, através da secretaria municipal de Educação, e é uma oportunidade de proporcionar experiências de aprendizado para os estudantes, como ressalta a secretária de Educação, Helena Lima.
“Esta visita é mais do que uma excursão educativa, é um passo significativo em nosso compromisso com uma educação intercultural e inclusiva. Ao proporcionar aos nossos alunos experiências fora dos limites tradicionais da sala de aula, estamos enriquecendo não apenas seus conhecimentos escolares, mas também promovendo uma compreensão mais profunda e respeitosa das diversas culturas e da nossa história”, destacou Helena Lima.
A diretora pedagógica da Escola Maria Ilka, Ariana Ribeiro, compartilhou a experiência.
“Tivemos uma vivência maravilhosa na Escola Lydia Sherman, que é uma escola quilombola de tempo integral. Com 14 disciplinas em sua grade curricular, dentre elas oficinas de capoeira, horta e padaria escolar. A escola recentemente foi premiada pelo concurso da Nestlé e ganhou R$ 38 mil destinados ao projeto Padaria Escola. Isso em muito nos motiva, pois inscrevemos a Escola Maria Ilka para o ano de 2024. Agradecemos de forma especial ao Alexandre Ribeiro, que ministra a oficina Saberes e Sabores em nossa escola e que realiza um trabalho de fortalecimento da cultura afro e o pertencimento dos nossos alunos quilombolas”, ressaltou Ariana.
Durante a visita, os alunos tiveram a oportunidade de assistir a apresentações culturais e aprofundar seu conhecimento sobre a história de luta e resistência do povo negro escravizado. Para completar a experiência, o almoço, uma deliciosa feijoada, foi servido no Quilombo da Baía Formosa, enriquecendo ainda mais o intercâmbio cultural e promovendo a valorização das tradições afro-brasileiras.