Comunidade fundamental na história de Quissamã e que representa um dos maiores símbolos de resistência do Brasil, o Complexo Histórico Cultural Fazenda Machadinha segue recebendo um grande número de visitantes de todo Estado. A atividade reforça a importância de valorização e promoção da história e cultura do quilombo.

Nesta quarta-feira (8), a comunidade recebeu a visita de cerca de 70 alunos de turmas do 4º ano do Colégio INSG Castelo de Macaé para conhecer as origens do local e a contribuição para a formação cultural do município. Um dos destaques é o Memorial Machadinha, construído onde era o antigo salão comunitário. A diretora do Memorial, Dalma dos Santos, recebeu os visitantes para mostrar os costumes, contar as histórias de resistência do período da escravidão e o cotidiano com o trabalho escravo nas fazendas.

A Secretária de Cultura, Patrimônio Histórico e Lazer, Kitiely Freitas, destacou a ida de mais um grupo de alunos a Machadinha. “É sempre um prazer muito grande estar recebendo todos os turistas, alunos, universitários no Memorial que compõe esse Complexo tão importante da cultura da nossa cidade. Esse é mais um grupo de alunos que vieram conhecer Machadinha, um lugar incrível que respira cultura e que faz parte da história do nosso país. O Memorial é um local aberto para visitação, mas também funciona com agendamento”, afirmou.

Somente nos últimos dias, o Memorial recebeu visitantes de Rio das Ostras, Trajano de Morais, Rio de Janeiro, Cabo Frio e Serra – ES. O grupo desta quarta iniciou a visitação pelo Centro Cultural Sobradinho, Museu Casa Quissamã, Machadinha e encerrou na Casa da Fazenda Mato de Pipa.

“Estamos com três turmas visitando, fazendo uma imersão cultural para que eles possam se apropriar um pouco mais da história dos nossos antepassados e preparando para poder resgatar essa bagagem dos nossos ancestrais e preparar um projeto de final de ano que eles vão apresentar sobre Miscigenação da Cultura Brasileira”, disse a professora Rejany Santos.

O guia de turismo de Macaé, Fernando Baptista, acompanhou o grupo e reforçou a importância de Machadinha no aprendizado. “Estamos dando continuidade a uma visita pedagógica, educacional, saindo com a escola, vindo para essa região aqui por exatamente porque não só faz parte do conteúdo pedagógico da escola, mas como também uma vivência aos alunos para que possam linkar sala de aula e a vivência em cima de temas, temas como esse da própria Machadinha, do quilombola, do relacionamento que nós temos com a escravidão nos dias de hoje”, comentou.

Como visitar

O Complexo Machadinha é formado pelas ruínas da Casa Grande, o antigo armazém, a capela de Nossa Senhora do Patrocínio e o conjunto de senzalas totalmente restauradas. O Memorial é aberto para visitação, de quinta a domingo, além de feriados, das 10h às 16h. O agendamento pode ser feito através do telefone (22) 99782-1842.